Coluna Crítica & Autocrítica - nº 184
Por Júlio Garcia**
*Sobre Santiago/RS (II) – Dando sequência aos preocupados registros que fizemos recentemente neste espaço: E o dito – e propagandeado - reajuste salarial do Funcionalismo Público de Santiago ... ficou aquém da inflação - Segundo a Agência Brasil, a inflação oficial do país (medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA -), fechou o ano de 2019 em 4,31%. A taxa é superior aos 3,75% observados em 2018, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE).
*Portanto, diferentemente do que foi apregoado por representante do Executivo Municipal de que o ‘reajuste salarial dos Funcionários Públicos Municipais de Santiago, de 4%, ficou acima do INPC conforme foi divulgado, não se sustenta, pois o mesmo ficou bem aquém da inflação, que foi de 4,31%. Uma simples questão de matemática elucida: 4% é, por óbvio, menor do que 4,31%. Nada a comemorar pelos trabalhadores, muito pelo contrário!
*Há que registrar, sobre o fato acima, o estranho o silêncio – quase – geral sobre o tema, a começar pela maioria da mídia - mas, estranhamente, também pela direção do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Santiago.
*Poluição sonora - Registre-se, ainda, sobre as tantas mazelas que temos em Santiago (como já anotamos na Coluna anterior, nº 183), ainda a verdadeira tortura que representa aos nossos ouvidos os altíssimos decibéis oriundos de todo o tipo de propaganda sonora (ônibus de som, carros de som, caminhões de som, motos de som, bicicletas de som...) que circulam diuturnamente na cidade, sem controle, sem fiscalização... Até quando?
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*Sobre os mais recentes ataques despudorados, preconceituosos, antidemocráticos e misóginos de Bolsonaro contra jornalistas, reproduzo a seguir a última Nota Oficial da ABI:
“Nesta terça-feira, mais uma vez, para vergonha dos brasileiros, que têm o mínimo de educação e civilidade, o presidente da República, Jair Bolsonaro, é ofensivo e agride, de forma covarde, a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo. Este comportamento misógino desmerece o cargo de Presidente da República e afronta a Constituição Federal.
O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se trata de uma questão política ou ideológica. Cada dia mais, fica patente que o presidente precisa, urgentemente, de buscar um tratamento terapêutico.
A ABI conclama a sociedade brasileira a reagir às demonstrações do “Cavalão”, como era conhecido Bolsonaro na caserna, e requer à Procuradoria Geral da República que cumpra o seu papel constitucional, denunciando a quebra de decoro pelo ex-capitão Jair Bolsonaro. (por Paulo Jeronimo de Sousa - Presidente da Associação Brasileira de Imprensa)”
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*Sobre as Eleições Municipais deste ano em Santiago/RS e Região:
“Além de contribuir na eleição de uma bancada de vereadores(as) verdadeiramente de oposição, entendo que o PT não pode se furtar de apresentar um Programa de Governo que inverta prioridades, discuta uma nova matriz produtiva, contemple a maioria do povo, sobretudo a juventude, os trabalhadores e os excluídos, gere empregos e renda ... e lance em seguida seus pré-candidatos (ao legislativo e ao executivo, para irem se apresentando e fazendo esse importante diálogo com a população) - claro, sem prejuízo de, paralelamente, discutir com os setores democráticos e populares da sociedade local (não muito numerosos, mas qualificados, pensantes...) - que são verdadeiramente oposição ao PP, Leite e Bolsonaro a possibilidade - melhor, necessidade! - da construção de uma Frente de Esquerda e Democrática já para estas eleições.
Esse debate é importante, prioritário e deve ser feito sem mais tardar.” (Parte de minha intervenção na reunião de nossa Executiva Municipal, na última sexta-feira, 14/02, em Santiago/RS).
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**Júlio César Schmitt Garcia é Advogado, Pós-Graduado em Direito do Estado, Consultor, Poeta, dirigente político (PT) e Midioativista. Foi um dos fundadores do PT e da CUT. - Publicado originalmente no Jornal A Folha (do qual é Colunista) em 21/02/2020.
