PT 40 anos: a trajetória do partido que mudou os rumos da história do país
Fundado sob a bandeira da justiça social e com atuação ímpar nas conquistas democráticas, a maior legenda progressista da América Latina chega às quatro décadas de vida mais forte do que nunca
Havia representantes de quase todos os estados da nação. Passavam dos mil. Eram sindicalistas, intelectuais, artistas, professores e lideranças religiosas – estes, responsáveis pela indicação do Colégio Nossa Senhora de Sion, na região central de São Paulo, como palco do encontro que, soube-se logo, tornaria-se histórico. Desde então, aquele 10 de fevereiro de 1980 já não poderia mais ser esquecido: foi naquele dia que o Partido dos Trabalhadores mostrou ao mundo pela primeira vez que nasceu com raiz, para seguir adiante com força e – quatro décadas depois – ainda motivar esperanças.
Raízes que se firmaram sob princípios tão caros àquele nefasto período da história nacional e que agora parecem mais urgentes. “O PT afirma seu compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas. Neste sentido proclama que sua participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas”, é o que diz o manifesto de fundação da legenda.
Força que, seja em lutas pela democracia ou para defender-se de ataques das mais variadas frentes, cativou a sua militância e o manteve sempre como a opção natural dos pobres, dos esquecidos pelo Estado. Dos invisíveis, portanto. Difícil encontrar alguém, mesmo entre os algozes, que consiga desconstruir esta vocação petista para se alinhar ao que quer e precisa a imensa maioria da população.
Afinal, durante estas quatro décadas, não houve uma batalha iniciada pelo povo brasileiro em que o Partido dos Trabalhadores não tenha abraçado como sua – das Diretas Já ao enfrentamento diário contra a nova onda de opressão reeditada pelo indolente Jair Bolsonaro.
O que dizer, então, da força de alguns dos seus ilustres representantes que, em provas hercúleas de superação, enfrentaram adversários sempre de cabeça erguida. Dois deles, por sinal, chegaram à Presidência após serem submetidos aos mais variados desafios: Lula contra o preconceito de classe, contra a mídia, contra a parcialidade da Justiça. Dilma contra a misoginia, contra a violência institucionalizada, contra o despudor da elites. Ambos contra a ditadura militar. Ambos a favor da democracia. Ambos pelo Brasil.
Por fim, esperança. Esta palavra que os atuais gestores da nação querem a qualquer custo nos roubar. Mas quem tem raiz fincada no terreno da luta de classes e força moldada nas ruas – ao lado do povo – jamais deixa de acreditar que é possível. Esperança, é bom que se diga, é o outro nome dado aos que alteraram os rumos da história.
Foi assim em cada um dos 14600 dias de existência do Partido dos Trabalhadores. Não houvesse esperança, a maior legenda progressista da América Latina não chegaria aos 40 com o empenho e motivação dos que têm a vida inteira pela frente.
CLIQUE AQUI para continuar lendo a postagem do jornalista Henrique Nunes, da Agência PT de Notícias (via site do PT Nacional). - Com o Blog do Júlio Garcia