Cortes na educação e reforma da previdência levam milhares às ruas em todo o País
Da Redação*, com informações do Brasil de Fato, CUT e Agência PT
Nessa terça-feira, 13/08, milhares de estudantes, trabalhadores e ativistas de movimentos sociais foram às ruas contra o desmonte da educação pública, via cortes e programa Future-se, e a reforma da previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), houve manifestações em, pelo menos, 211 municípios brasileiros.
Em sete meses de gestão Bolsonaro, os cortes nos ensinos superior e básico já somam R$ 6,2, bilhões em 2019.
O Future-se prevê a criação de um fundo de R$ 102 bilhões para atrair investimentos internacionais no ensino superior.
Para reitores, ex-ministros da Educação e outros especialistas da área o Future-se ameaça a autonomia orçamentária das universidades e representa um ataque à gratuidade do ensino superior,
Para a União Nacional dos Estudantes (UNE), que convocou este dia de mobilizações, o programa tem um viés privatizante e precisa ser combatido. Foi o terceiro protesto nacional da entidade em 2019.
Iago Montalvão, presidente da UNE, participou do ato na Avenida Paulista, em São Paulo.
“Essa manifestação é uma resposta dos estudantes e da sociedade brasileira. Nós queremos uma educação com autonomia e crítica e não uma educação privatizada e censurada como quer esse governo”, afirma Iago, estudante de Economia na USP.
“Querem tirar do Estado o dever de investir nas universidades públicas e obrigá-las a captar dinheiro na iniciativa privada. Isso fará com que fiquem dependentes das empresas que decidirão, então, o que devem produzir”, atenta.
“Isso vai prejudicar os estudantes de ciências sociais, pois as empresas vão privilegiar as áreas do mercado financeiro e empresarial”, observa o presidente da UNE.
O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Antônio Gonçalves, participou do ato em Porto Alegre.
Para ele, o terceiro tsunami da Educação sinaliza o descontentamento da população com as “políticas neoliberais” de Bolsonaro.
“A gente acredita que isso é um processo e que vamos acumulando forças. É nessa perspectiva que eu avalio o 13 de agosto como um dia positivo na perspectiva da construção de uma greve geral”, enfatiza.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, presente à sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem à Marcha das Margaridas, a “unidade é que nos fortalece”.
“Se a gente não tiver unidade, não avançaremos nesse momento tão difícil. Os estudantes, os movimentos da educação e as mulheres têm sido uma força muito grande nessa transformação. E a classe trabalhadora está representada em toda a sua extensão”, explica.
Em muitas cidades, as manifestações começaram logo cedo, como em Brasília (DF).
A Esplanada dos Ministérios ficou tomada por gente.
Houve um encontro histórico do ato em defesa da Educação com a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas. Daí, seguiram juntos até o Congresso Nacional, onde protestaram contra a destruição de direitos promovida pelo governo Bolsonaro.
A manifestação prosseguiu ao longo do dia contra a reforma da Previdência e em defesa da educação. (...)
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