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Ruralistas se sentem traídos por Bolsonaro com mudança do Brasil na OMC


A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, lançou dúvidas sobre a credibilidade da iniciativa do governo Jair Bolsonaro de tentar fazer parte da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e, em troca, renunciar a vantagens na Organização Mundial do Comércio (OMC).


"(O setor) da agricultura fica receoso, mas é preciso olhar melhor o que vai ser discutido", afirmou a titular da pasta durante entrevista à GloboNews.


A ministra tentou minimizar um possível estremecimento nas relações com a China. "O ministério precisa ser firme e dizer: precisamos de mercados que comprem os nossos produtos", disse. "O que a gente precisa dizer para os chineses é que nós somos um bom parceiro".


Segundo Tereza, "pode haver desaceleração do comércio internacional", mas "o setor agrícola brasileiro é muito forte".


O receio relatado pela ministra vem num contexto em que um acordo entre Brasil e EUA prevê a implementação da uma cota isenta de tarifa para moinhos brasileiros importarem trigo norte-americano, o que foi recebido com preocupações por integrantes do setor agrícola no Mercosul.


Pelo pacto, os EUA poderiam exportar 750 mil toneladas do cereal ao ano ao Brasil sem pagar a tarifa de 10 por cento estabelecida para compras do produto fora do Mercosul.


No caso do Brasil, um dos maiores importadores mundiais de trigo, com importações de cerca de 7 milhões de toneladas ao ano, as compras sem tarifa do produto dos EUA poderão fazer concorrência com o produto brasileiro, desestimulando o cultivo no caso de haver pressão sobre preços no mercado interno pelo aumento da oferta importada.


O agronegócio teme que o trigo importado concorra com o produto brasileiro.


*Via Brasil247 (com Reuters)

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