O culto das armas é a atual “cartilha imoral” para adolescentes
Antes que os “minions”, tomados de fúria por conta das trapalhadas de seu “Mito”, ataquem, esclareço logo: não, Bolsonaro não tem responsabilidade direta pelo infeliz massacre que deixou dez mortos, por enquanto, na escola estadual de Suzano (SP), esta manhã.
Já houve outros por aqui e muitos pelo mundo, antes e sem ele.
A responsabilidade do Sr. Jair Bolsonaro é outra, mas que nem de longe é pequena.
É a de quem tornou-se o animado maestro do coro pró-armas que vai formando cada vez mais sociopatas, que acham que dar tiros é a forma de uma sociedade conviver e “aparar” as divergências.
Tendo a “arminha” de dedos como batuta, não se pejou em dizer a crianças, durante a campanha, que aprendessem a atirar.
E em sua cabeça sexomaníaca, vai fazer “live” para dizer que o que ameaça os meninos e meninas é verem pênis e vagina desenhados numa caderneta, mil vezes menos realistas dos que vêem na internet.
Não, Bolsonaro não é responsável pela existência de pessoas com graves problemas psicológicos como os que promoveram esta tragédia em São Paulo.
Mas ele lhes deu voz e bandeira e ajudou a naturalizar a ideia de que é a bala que se resolvem problemas.
(Por Fernando Brito in Tijolaço)