Mourão não se faz de rogado e diz que assessor precisa se explicar
No blog de Andrea Sadi, no G1, o general Hamilton Mourão vai saboreando sua vingança do “cala a boca” que levou.
Cobrou explicações do ex-motorista, ex-assessor e amigo de Jair Bolsonaro, o PM Fabrício “1,2 mi” Queiroz: “o ex-motorista, que conheço como Queiroz, precisa dizer de onde saiu este dinheiro. O Coaf rastreia tudo. Algo tem, aí precisa explicar a transação, tem que dizer”.
Mas Queiroz vai para quatro dias escondido.
Sua única explicação foi para o “filho do homem” e, segundo este, “uma história bastante plausível”, tão plausível que não se pode nem saber qual foi.
Nem porque se nomeou a família inteira em seu gabinete e no do pai.
Seria, como ele diz em relação aos ministérios, “escolhas técnicas”?
E claro, com repasses de tudo o que ganhavam, algo como R$ 50 mil por mês, mensais, estavam em dificuldades financeiras para pedir uma grana preta ao “Mito”.
Mas é tudo plausível.
Fabrício, a mulher e as filhas, a esta altura, divertem-se, despreocupados, com partidas de baralho, esperando que o Ministério Público os chame, é claro.
Por isso, não atendem a campainha nem do entregador de pizza.
O presidente eleito já construiu a história do “empréstimo pessoal” e, agora, a de que é “normal” colegas de trabalho de um gabinete parlamentar fazerem depósitos e transferências de um para o outro e em dinheiro.
Dizem, ele e o filho, que Fabrício se explicará quando o MP o chamar – se o chamar, é claro.
Mas Mourão, esperto, diz que “o Queiroz precisa explicar agora”.
E já sabe que o gajo foi seu subordinado- em 1987, 31 anos atrás, que memória! – e era “excelente soldado”. A ficha, é claro, já foi providenciada.
Mourão aproveitou e bateu em quem já está caído: Ônyx Lorenzoni, que tremeu, ontem, ao ser pressionado com a história: “ele tá estressado. Quando responde daquele jeito, parece que tem culpa no cartório.”
Um doce, este general Mourão, não é?
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*Por Fernando Brito, no Tijolaço