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DO PARAÍSO AO INFERNO, DA PLENITUDE AO NADA!


Por Gilmar da Rosa*


Vamos gastar alguns anos para compreender essa regressão estapafúrdia que o Brasil viveu nos últimos 4 anos.


Não, isso não é uma divagação. É uma constatação.


Em 2014 éramos a 6ª economia do mundo, pleno emprego (4,8% de desempregados), reservas cambiais de 380 bilhões de dólares.


O PT vencia pela quarta vez consecutiva uma eleição presidencial; não apenas isso, acenava com mais duas se Lula fosse candidato. Isso significaria no mínimo 24 anos no poder.


Por obvio que seria/foi demasiado para a direita entreguista conceber, aceitar que os pobres fizessem parte do orçamento, pior ainda, vendo que estariam alijados do poder por muitos anos.


Deram o golpe jurídico/midiático, governamos apenas 13 anos dos 16 que teríamos por direito/vontade do voto popular.


Neste entremeio surgem movimentos patéticos de falso nacionalismo, [defendendo] apenas o direito de desmontar políticas públicas de inclusão social e protagonismo dos trabalhadores, jamais defenderam soberania nacional, ao contrário, são entreguistas. Foram financiados pelas forças mais conservadoras e reacionárias, de dentro e de fora do Brasil.


Coisas que serão constatadas no próximo governo, continuidade do golpe de 2015.


Em Janeiro viveremos algo inédito.


Veremos a passagem de um governo golpista para um governo ditatorial, defensor da tortura e extinção das minorias.


Se dará com a benção do judiciário tão golpista e ineficaz como o de 64, com a cumplicidade da grande mídia.


Quiçá teremos uma transferência do poder do golpe pra tortura num grande culto. Na aterradora e ímpia declaração de "Deus acima de tudo".


Observo o cenário futuro, também observo o comportamento ovino de alguns amigos/as nesta e em outras redes.


Alguns sovinas por natureza, outros apenas analfabetos funcionais, alguns iletrados e levianos. Absorveram o comportamento manada da burrice espraiada pelas fake news.


Ignorantes comuns, vítimas de suas próprias limitações.


Creiam-me, cheguei a perder amigos por defender "Direitos Humanos", fui chamado de ridículo e outras adjetivações.


Sou militante por direitos desde minha adolescência estudantil, primeiro por eleições diretas, [pelo] fim da ditadura, pelo direito a reuniões, manifestações, por liberdade de opinião, por humanos direitos, por todas as liberdades.


Enfrentar a resistência a estas liberdades na minha velhice não é apenas uma regressão.


É uma negativa a tudo que fiz na minha vida.


Jamais imaginei viver uma histeria coletiva do não saber, da renúncia de direitos por ignorância.


Definitivamente, esta eleição foi o abrir de porteiras das trevas, da regressão e do inominável.


Da mesma forma será o próximo governo que nos aguarda, tenhamos estômago para resistir e sanidade pra rebater estes seres abjetos.


*Blogueiro, militante do PT/RS, Editor do Blog do Gilmar da Rosa (fonte desta postagem). Edição final deste Portal.

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