'A gente se abraça no domingo'
O “racismo” anti-PT
Por Flavio Koutzii (*)
Tenho acompanhado sistematicamente os programas eleitorais, especialmente os dedicados à campanha presidencial. Uma característica extraordinariamente marcante no discurso dos candidatos da direita é a referência obsessiva – politicamente interessada – ao PT.
Destaco isto porque o caráter cotidiano deste comportamento vai naturalizando o inaceitável, o “racismo” anti-PT. Não é mais só a diferença com adversários políticos como nós somos, é a busca da estigmatização absoluta. Da sinonimização do PT com o mal. Da tentativa do nosso extermínio.
E isto não é vitimização, nem mimimi. O centro da política é óbvio. Mas igual me pareceu importante esta nota, porque na verdade esta brutal intensidade é uma expressão aguda do bolsonarismo da sociedade brasileira e um reducionismo e “boçalização” do pensamento.
Lembro bem que Sartre explicava em ‘O que é racismo’ que a existência ‘de um inferior’ garantia automaticamente a ideia de superior ao outro. Mas, mais violento se transforma o comportamento opressor dos anti-petistas, na medida em que essa tentativa de reduzir o valor “dos PT” é bloqueada por um enorme passado, quase 30 anos – com erros e acertos – voltados ao povo brasileiro. Por isto nhttps://www.sul21.com.br/ão basta atacarem a sigla, teriam – como tentam – de anular o passado e extinguir a memória. Mas não vão levar.
A gente se abraça no domingo.
(*) Flavio Koutzii (foto) foi deputado estadual [pelo PT] por várias legislaturas e chefe da Casa Civil do governo Olívio Dutra.
**Postado originalmente no Sul21 - Via Blog do Júlio Garcia