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Carta aberta de um trabalhador brasileiro à classe média e aos paneleiros do Brasil


"Com a quadrilha que ajudaram a colocar no poder, logo vocês comerão sanduíche de mortadela nas rodoviárias"


Por Carlos Hetzel*


No dia 18 de julho de 2017, uma recepcionista de salão de beleza do Rio de Janeiro, se recusou a comentar a condenação do ex-presidente Lula, proferida dias antes pelo juiz partidário “Sérgio Morro de Rir”, notícia essa discutida e comemorada com grande frenesi pela mídia nativa, tendenciosa e descarada, bem como por grande parte das pessoas da classe média e integrantes das redes sociais.


A funcionária do salão carioca, quando perguntada, disse que “não achava nada” da condenação de Lula.


Uma colega de trabalho, que não é proprietária e deve ser uma “trabalhadora-batalhadora” do “seu pão de cada dia”, foi ao dono do estabelecimento e disse que “não queria ficar olhando a cara dessa petista”.


Resultado dessa ópera bufa: a recepcionista, que não é petista, foi sumariamente demitida.


Este é o quadro atual pintado com as cores do preconceito, racismo, intolerância e ódio pelo próximo.


Ódio entre irmãos brasileiros, resultado de 50 anos de domínio da (des)informação, exercida pelos detentores da “comunicação de massa tupiniquim”, bem como “nos bancos das escolas” da rede privada.


Um oligopólio midiático danoso, maléfico, apátrida e acima de tudo inconstitucional.


Uma rede de ensino privado, cara, ultrapassada, conservadora e americanizado, obra e arte dos governos tucanos.


No tocante à comunicação de massa, trata-se de uma máfia encabeçada pela rede Globo, com fortalecimento a partir de 1964 e que tem agora, uma forte concorrente na disputa de “cabeça de chapa”, a Rede Bandeirantes.


Este ilegal, maléfico e distorcido poder, atravessou todos os governos nesses últimos anos, do militar ao petista. Um por ser o fomentador da criação e o outro por ignorância (para não dizer as palavras merecidas).


Diante dessa triste realidade, quero me dirigir a você fiel telespectador da grande mídia, que:


*bateu panelas, ( incluindo as Teflon e Lekssa);


*comemorou os resultados das votações do impedimento de uma presidente da república legitimamente eleita, goste ou não dela; e


*nesse momento se regozija com a condenação ILEGAL de um cidadão brasileiro, o senhor Luiz Inácio Lula da Silva.


Trata-se de um trabalhador metalúrgico assalariado. Um retirante nordestino que aprendeu sobre a vida passando fome com a mãe e seus irmãos, origem esta, comum a quase todos os brasileiros, mas veementemente negada pelos paneleiros & cia.


Um trabalhador com pós-doutorado na Universidade Federal da Vida Sofrida (UFVS), e que se tornou o Presidente da República mais querido da história do Brasil e mais respeitado pela comunidade mundial.


Um conterrâneo de todos nós, que lutou pelo retorno do estado democrático de direito, pela liberdade de expressão e de manifestação, que hoje vocês usufruem sem saber que muitas vidas foram ceifadas nesse percurso.


Só que ele cometeu um erro fatal, sob a ótica doentia da classe média de “araque”:


“Levou um prato de comida para os mais pobres e desprotegidos deste país, nossos irmãos perante Deus, brasileiros marginalizados e destruídos pela fome”.


Prato de comida que sempre lhes faltou e que muitos de vocês jogam fora todos os dias.


Como vocês se consideram “classe média”, insistem em participar do primeiro mundo”, pois conhecem mais o exterior do que seu próprio país e como são eternos candidatos a “riquinhos”, aqui vai um pequeno informe:


para esses países, classe média é a pessoa que, “no frigir dos ovos”, tem como capital, no mínimo, oito dígitos antes da vírgula, de preferência em dólar ou euro.


Afora isso, é recalque, frustração, “vontade de querer ser o que não é”.


Passo-lhes agora algumas das inúmeras informações disponíveis para qualquer pessoa que procura fontes alternativas de informação, que poderão ser úteis para sua reflexão. (...)


CLIQUE AQUI para continuar lendo (com o Blog do Júlio Garcia).

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