Lava Jato propõe trocar o pescoço de filho de delator pelo de Lula. Por Luis Nassif e Cintia Alves
Esta é uma nova reportagem da série sobre a indústria da delação premiada da Lava Jato, fruto de um crowdfunding feito em conjunto entre o DCM e o JornalGGN. As demais estão aqui. Fique ligado
O poder absoluto conferido à Lava Jato, acabou por definir um modo de atuação arbitrário, especialmente quando envolvia delação premiada.
No capítulo de hoje vai se mostrar um dos expedientes mais utilizados pela Lava Jato, com ampla parceria dos procuradores com o juiz de instrução que consiste dos seguintes passos:
Ameaças de envolvimento de familiares dos réus nas investigações.
Negociações para a inclusão nas delações de declarações que corroborem a narrativa e os interesses políticos da Lava Jato, mesmo sem acompanhamento de provas.
Benefícios, tais como fechar os olhos a contas no exterior e a lavagem de dinheiro já identificado.
Vamos à análise do primeiro caso, a compra do apartamento vizinho ao de Lula.
Lance 0 – Apresentando o jogo e os jogadores
Quando Lula ainda era presidente, o governo alugava o apartamento vizinho ao seu, em São Bernardo do Campo. Em parte, para garantir a privacidade do presidente. Em parte, para abrigar o esquema de segurança.
Deixando a presidência, constatou-se que o apartamento estava à venda. Para preservar a privacidade de Lula, Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, solicitou ao amigo José Carlos Bumlai que encontrasse algum conhecido com interesse em adquirir o apartamento e alugá-lo para Lula.
Bumlai conversou com o primo Glaucos da Costamarques, um pecuarista que investia em imóveis, que topou a compra por perceber uma boa oportunidade de negócio.
A notícia veio à tona no dia 7 de setembro de 2016 e foi divulgada pela mídia no dia 08/07/2016 (clique aqui). Okamoto explicou que Lula passou a pagar o aluguel a Glaucos. (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra (via DCM).