Sem receber salários de setembro, Polícia Civil entra em greve no Rio Grande do Sul
Porto Alegre/RS - Por Fernanda Canofre, no Sul21 - Sem receber nenhuma parcela dos salários de setembro, os policiais civis do Rio Grande do Sul decidiram em assembleia geral, nesta quinta-feira (05), partir para a greve como forma de pressionar o governo do Estado. A mobilização começa na próxima segunda-feira (09) e segue até o dia 17 ou até que o governo integralize a folha. Dia 11 de outubro, uma nova assembleia deve avaliar o andamento do movimento.
Além dos parcelamentos e atrasos, os policiais reclamam por promoções atrasadas, demissões de servidores que tiveram processos administrativos e pela situação das carceragens de delegacias superlotadas, que se arrasta desde 2015.
Na quarta-feira, representantes da categoria dos policiais foram convocados para uma reunião com a cúpula do governo, no Palácio Piratini. A tentativa do governo era fazer com que o sindicato desistisse da greve. Estavam presentes os secretários de Modernização Administrativa e Recursos Humanos, Raffaele Marsiaj Quinto Di Cameli, e da Casa Civil, Fábio Branco, além do governador José Ivo Sartori (PMDB). O secretário de Segurança Pública, Cézar Schirmer (PMDB), não participou da negociação.
“O governo fez uma série de propostas. Como resolver a questão das aposentadorias, a isenção do ICMS para compra de armas, resolver o problema da PGE que está demitindo servidores inocentados pelo Conselho. O principal, que é a questão do salário, o governo se comprometeu que parte desse dinheiro será reservado para o 13º e para os salários de dezembro”, diz Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do RS).
Em cima do carro de som, colocado em frente ao Palácio da Polícia, para votação da assembleia da categoria, Ortiz classificou o diálogo com o governo como “duro” e que, por isso, teria precisado de interlocutores para mediá-lo. “Vimos o governador extremamente irritado”, afirmou ele. “Estávamos dispostos a negociar e não brigar, mas acabamos brigando e negociando”. (...)
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