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Encontro Estadual de Mulheres conclui: “Projeto político sem perspectiva feminista não fará transfor


A advogada e psicóloga Iara Chagas Castiel, Presidenta do PT de Santiago, esteve presente no Encontro


Porto Alegre/RS - Tendo como tema “O PT, o Brasil e o RS que as Mulheres querem”, cerca de 300 mulheres que realizaram, em Porto Alegre, o Encontro Estadual Luíza Bairros – homenagem à falecida ex-ministra de Promoção da Igualdade Racial do governo Dilma – concluíram ao final do evento que “se o Partido não colocar no centro de seu discurso e programas de governos o feminismo e o feminismo negro, não promoverá de verdade as transformações que o País precisa”. A frase foi repetida várias vezes desde a palestra da professora e historiadora da USP, Rosane Borges, que trouxe estatísticas que comprovam a baixa participação das mulheres e, sobretudo, das mulheres negras nos espaços de decisão, elas que são os dois segmentos relegados à discriminação salarial, racial e social. “Só teremos uma sociedade mais justa e igualitária se tivermos a promoção deste dois segmentos, porque são parcela produtiva muito significativa da sociedade”, sintetizou Rosane, apoiada pela coordenadora, no RS, da Marcha Mundial das Mulheres, Anita Dória, que traçou um histórico de lutas e de conquistas das mulheres ao longo dos últimos anos.


Com uma programação extensa de palestras e debates, que iniciou na sexta-feira, 15, e se estendeu por todo sábado, 16, teve a presença de lideranças locais dos movimentos de mulheres, da deputada federal Maria do Rosário que em sua fala reforçou a tese da professora historiadora Celi Pinto e da pesquisadora da USP, Rosane Borges, de que se o PT não incorporar a perspectiva feminista e feminista negra, não conseguirá mais exercer seu papel transformador. Ela considerou importante a demonstração de renovação que representa o Encontro de Mulheres. “Nós, mulheres, teremos uma tarefa política imensa. Por isso, precisamos manter uma agenda politica, de partido, próximos dos movimentos sociais, origem do PT”.


A historiadora da UFRGS, Celi Pinto, faz avaliação de conjuntura, dos governos Lula e Dilma do ponto de vista dos movimentos sociais que, apesar de não terem avançado “do tamanho que queríamos, promoveu uma quebra importante no processo oligárquico histórico”. Para ela, foram exatamente estas “pequenas transformações", que incluíram e foram a grupos oprimidos, que assustaram a classe dominante, autora e sustentadora do golpe. A historiadora chamou as mulheres à reflexão do seu papel no resgate da democracia e de um programa justo para todos, que passa pela perspectiva feminista.


A presidenta do PT nacional, senadora Gleisi Hoffmann, por meio de um vídeo, enviou uma saudação ao Encontro Estadual de Mulheres Luíza Bairros e disse que conta com a participação “sempre forte e fundamental das gaúchas no Encontro nacional de Mulheres do PT”.


Ao final do encontro, Misiara Oliveira foi eleita por consenso para ser a titular da secretaria de Política de Mulheres do PT/RS. Sua adjunta nos dois primeiros da gestão será a Luciane Almeida e nos dois últimos anos, dividirão a direção Ane Cruz, Paola Carvalho Tatiana Metalúrgica.


*Com o Portal http://portal.ptrs.org.br -

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