top of page

Pressão dos Professores Gaúchos faz governo Sartori abrir negociação


Porto Alegre/RS - O Ato Público Estadual da Greve realizado hoje na Praça da Matriz reuniu milhares de educadores, pais e estudantes para exigir o fim do parcelamento dos salários dos professores e funcionários de escola e a retirada dos projetos de lei que atacam os direitos do funcionalismo público. A forte mobilização fez com que o líder do governo, o deputado Gabriel Souza, e o chefe da Casa Civil, Fabio Branco, recebessem o Comando de Greve do CPERS. Ficou definido que nesta quinta-feira, dia 14, à tarde, ocorrerá uma reunião com o secretário de Educação, Ronald Krummenauer, e o secretário da Fazenda, Giovani Feltes. Outra conquista da mobilização desta terça-feira foi a retirada do PL 148 da pauta de votações da Assembleia Legislativa.


Antes de serem recebidos para a reunião com os representantes do governo, os educadores foram reprimidos com empurrões e spray de pimenta ao tentarem negociar pacificamente a reunião do Comando de Greve com o governo, no Piratini. Em resposta, a categoria retirou as grades que a separava das portas do Palácio e permaneceu ali até que o governo concordasse em recebê-la.


Durante a reunião, realizada na Assembleia Legislativa, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, destacou que mesmo que os educadores queiram voltar às escolas, o governo não possibilita as condições financeiras e psicológicas para isso. “Nós não temos dinheiro e estamos psicologicamente abatidos com tanto desrespeito. Como vamos estar à frente dos nossos alunos? Enquanto não cessar o parcelamento dos nossos salários, não retornaremos. Quanto mais o governo demorar para resolver esta questão, mais está colocando em risco o ano letivo. Quanto mais demorar para acabar com o parcelamento, mais tempo ficaremos em greve e mais dias terão de ser recuperados. Se não tivermos o fim do parcelamento e o pagamento dos juros que estão nos cobrando, não haverá recuperação. O governo já anunciou que deve unir as folhas em setembro. Ou seja, corremos o risco de não receber nada. Voltar agora é fortalecer o governo na mesa de negociação. Não voltar fortalece a ainda mais a nossa categoria. Nossa greve continua, ainda mais forte para impedir o novo parcelamento”, afirmou.


A partir de hoje, para fortalecer ainda mais a pressão ao governo, os educadores ficam acampados na Praça da Matriz.


*Com o site do CPERS/Sindicato

Destaque
Tags
bottom of page